quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A César


Este fim de semana foi muito importante para mim. Já faz alguns anos que criei esse blog e nunca, de verdade, me preocupei com o meu possível leitor, sempre escrevi pensando em apenas um leitor potencial que hoje sei que não passa muito por aqui.
Enfim... De alguns meses para cá comecei a olhar meu blog com mais carinho. Minha inspiração veio de um novo amigo, um rapaz capaz de escrever o que sente de um modo tão delicado que ao ler tenho a sensação de está ouvindo sua voz, tenho a sensação de ouvi-lo respirar. Esse é Júlio César Vanelis.
Júlio é o irmão da minha Grande Amiga Ju, Ju que sempre esteve do meu lado em tantas histórias da faculdade,... Te Amo Ju (saudades, vê se me liga. Ok?).
Eu tive o prazer de conhecer o Júlio quando fui me arrumar, junto com uma galera, na casa dele para festa a fantasia da faculdade (longa está historia da festa e não cabe aqui).
Eu falando como se tivesse bebido água de vitrola e Júlio super na dele nos ouvindo, adorei tudo, detalhe comi um pão com calabresa MARAVILHOSO (podem morrer de inveja eu deixo, rs. Quando vai ter outro?) De verdade, eu já conhecia o
http://semcortesesemedicao.blogspot.com/ , mas confesso fiquei muito feliz em conhecer o autor deste, detalhe o cara escreve muito bem #FATO
Minha felicidade do fim de semana foi que o Júlio me deu um super presente que foi o primeiro selo do meu blog. O que parece tão simples para alguns, para mim foi estimulante. Como eu havia dito o blog foi feito para um único leitor, mas vejo que isso mudou o povo está lendo, mudei o layout, coloquei mais aplicativos e estou adorando tudo isso.
De coração, preciso agradecer... Júlio, assim como sua irmã, já você tem espaço em meu coração e saiba que pode contar sempre comigo. Obrigado por me ler, por me recomendar, pelo selo, por ser tão sincero em seus textos, por ser meu amigo mesmo que longe. Serei sempre GRATO.
Aos leitores e possíveis leitores é importante saber que esse blog , cheio de linhas, de erros e de sentimentos antes era um templo de saudosismo para uma relação mal acabada só que agora será um espaço de verdades, MINHAS VERDADES.
Fiquem a vontade!
Tenho selo de qualidade, tenho vontade de escrever e o melhor tenho CORAGEM e muito culhão para dar minha opinião... Quem não gostar, não me entender entre nesse link e aprenda alguma coisa de si http://migre.me/3KmsC por que Um pouco +d Mim está aqui.
Abração
Sérgio Breneditt
Ah... Não posso esquecer!!!
O selo possui regras por isso eis-me aqui cumprindo:

1
. Repassar o selo a 15 blogs (vou ficar devendo essa regra conheço pouquíssimos blog e os que conheço já tem)
2. Responder as perguntas (sempre, adoro. Me lembrei do velho caderno de perguntas da infância onde todos mentiam pra caramba rs)
Nome: Sérgio Breneditt
Uma música: Take a Bow – Madonna (ela está velhinha, mas dá bom caldo. Jesus q Luz!)
Humor: Bipolar total com periodos de instabilidade.
Uma cor: Preto (amo preto com preto, combina tanto)
Uma estação: Inverno (sempre)

Como prefere viajar: De carro porque não agüento mais andar de Marcopolo 45 lugares. #FATO
Um seriado: FRIENDS (Ilove Phobe Buffay) e Sex and City (adoraria ter um affair com a Sarah Jessica Parket)
Frase e/ou palavra mais dita por você: “Hum, não vai rolar”
O que achou do selo: Um incentivo, um símbolo de aceitação. Um HONRA , de verdade eu AMEI =)
Quer mais? Tome um pouco +d Mim!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Ao Encantado


A história não começa em uma floresta, mas tinha um cenário real. Era acolhedor, bucólico e singelo...
No caminho não tinha anões, nem casa construída com doces. No entanto, neste tinha a doçura de um chocolate e o companheirismo comum a amigos que sempre estão juntos.
Não tinha fada-madrinha, nem bruxa, nem ao menos maçã. Não tinha castelo, nem rei, nem princesa adormecida. O lobo mal também não faz parte desta história...
Você também não vai encontrar aqui ratinhos costureiros... Nesta existiu apenas dois personagens: o plebeu e o encantado.
Era para ser uma história de amor, um amor com uma tendência homoerótica bem transgressora, mas não foi assim que aconteceu... Por acaso eles se encontraram, foi por caso que viveram em cumplicidade e por caso se amaram.
Não teve planos, os caminhos, o destino, as mãos de Deus quem os guiou pela estrada que seguem as pessoas apaixonadas...
O Plebeu era a intensidade, o desbravador, era o cara que sonhava vencer. O Plebeu era misto de força e ingenuidade alguém que matava gigantes durante o dia e a noite chorava contemplando o mar.
Por sua vez, o Encantado era mágico, ilusionista, perspicaz... Um lord possuidor de tudo que encostava a mão. Seu rosto sereno e maduro inspirava a confiança de chegar a algum lugar. Ao lado do Encantado, ninguém estaria perdido e foi assim que o Plebeu se sentiu...
Os dois se completavam. Plebeu tinha a família e o amor, já o Encantado tinha a noite, a liberdade do ar em percorrer todos os espaços. Juntos eram invencíveis... Juntos eram completos... Juntos eram como misturar a chuva e o sol... Juntos eram arco-íris.
No entanto, depois de longos anos vivendo no anonimato dos afetos escondidos, o Plebeu pediu para ouvir a palavra amor... Por medo, o Encantado o deixou... Na solidão o deixou, não teve desculpas foi um simples adeus, uma carta que falava de uma herança de diamantes e mais solidão.
Hoje, Plebeu, não sabe nada sobre o Encantado... Segue vivendo sua vida, faz faculdade, trabalha e busca encontrar se não o arco-íris pelo menos um pote de ouro.
A história não acaba com um final feliz, não era um conto de fadas era apenas mais um conto... Não termina com a máxima “E foram felizes para sempre.”
O que sei e posso deixar registrado aqui é que o Plebeu ainda ama e mesmo negando espera a volta... A volta do Encantado.


Sérgio Breneditt


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um Conto quase Erótico


"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida.

O artigo, era bem definido, feminino, singular. Era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrario dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo ate gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.De repente, o elevador para, só com os dois lá dentro. Ótimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos.

Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e para exatamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposto. Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.

Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era virgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. E claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona as vontades dele e foram para o comum de dois géneros. Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais. Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objeto, tomava a iniciativa.

Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forcando aquele hífen ainda singular. Nisto a porta abriu-se repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjetivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na histoória. Os dois olharam-se e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício

Que loucura, meu Deus. Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objetos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que, as condições eram estas. Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na historia. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel a língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

Desconhecido

(Li este conto no blog Coisas de Lily e adorei)