Debruçado sobre o janelão verde do antigo casarão eu vi a chuva cair.
Não tinha nenhum pensamento novo ou uma nostalgia latente era só meu momento de solidão.
Pela primeira vez na semana não tinha ligado o ar-condicionado, nem tomado café na xícara que ganhei de presente com a inscrição “Para 1super AMIGO”.
O barulho da chuva só reforçava o desejo de ir para casa, deitar na minha cama, assistir um DVD até dormir com tudo ligado.
A cabeça ainda doía depois de ter tomado dois Dorflex. O telefone chato que não cansa de tocar... Uma rotina.
Guardo uns documentos, ignoro outros, finjo um sorriso e sinto frio, pois perder a hora me fez esquecer o casaco e chegar atrasado novamente. Onde eu estava com a cabeça? Parecia sábado hoje de manhã.
Uma senhora grita com seus funcionários no térreo... Mais alguns caracteres vão dando vida a este texto de terça-feira. O telefone volta a tocar. Pesquiso sobre a bibliografia de Caio Fernando Abreu.
Sabe aquele dia que você sai de casa, mas esquece a vida nela? Parece que isso está acontecendo comigo me sinto uma espécie de Zumbi bem treinado e apto a tomar decisões e atitudes dentro do setor. Normalmente não sou assim.
Um bate-papo no corredor, um desabafo que precisava nascer. Um perfume novo, uma idéia nova. Amigos de trabalho, colegas de trabalho, pessoas do trabalho, gente do trabalho. Sem mais o que escrever.
Faltam algumas horas para eu ir embora, não vou a faculdade hoje já disse que estou com dor de cabeça né?! Acho que tudo isso é culpa da dor de cabeça, normalmente não sou assim.
Melhor terminar por aqui, está chegando gente, gente do trabalho, e podem interpretar que estou fazendo trabalho pessoal no setor, tenso? Não, hipocrisia mesmo. Nossa Senhora do Facebook que o diga, não é Santa?
Devo está meio amargo ou camuflando sentimentos por isso um texto tão solto em informações concretas. Normalmente não sou assim ou seria o contrário? O que importa... Que dor de cabeça!
O chefe chegou...
Tchau.
Sérgio Breneditt
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