segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Esta semana...


Sem direção repouso os dedos no teclado e neste me derramo lentamente... O caminho escolhido e o que vai sair não sei, mas este lugar, aqui do outro lado da tela é seguro, pois, posso ser o que eu quiser, posso ser príncipe e plebeu, posso ser vida e amor... Dedilhando na tecnologia posso ser mais do que eu mesmo.
As palavras ou versos podem sair de uma maneira simples ou rebuscada, mas asseguro que estas saem do espírito sozinho, confuso e ansioso que mora em mim. As palavras que nunca foram ditas a ninguém e que querem ser ditas são libertas nesta lauda pálida.
Sinto-me covarde, deveria gritar as verdades e não fugir com humor... O riso fácil que provoco são apenas subterfúgios para ocultar a lágrima silenciosa nos meus olhos... Meus dedos doem de tantos caracteres que procuro para regurgitar emoções, frustações e outros tantos e tantos “ções”. Dores que vão além das articulações... Mas sem definições só dores.
O meu vicio começou depois da separação... Não consigo parar de escrever.
Tem sido mais forte que eu. O sabor das letras me leva ao nirvana, ao encontro de Buda para os asiáticos, aos braços de Nanã, mãe da natureza, para o sincretismo religioso, ao céu dos céus e neste lugar deposito o meu fardo... É cósmico e tão pueril, é tanta mentira... Angustia disfarçada em romance de auto-ajuda. Auto-ajuda? É irônico!
Mergulho no alfabeto solitário e neste me corrompo.
Tudo acabou e eu não vi o caminhão... “qual é o segredo da felicidade?”
Quero terminar este texto e dormir... Sabe quando você desliga o celular e sabe que ninguém te incomodará? Eu quero me desligar e não me incomodar, não pensar em nada, nem questionar... Abandonar a historia no meio e dizer fim.
Quer saber?
Esse é o fim!
Chega.
Sergio Breneditt

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