sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ao FINADO


Para: Machado

Jaz aqui alguém que um dia chamei de amor.
O homem que dediquei a pureza do que sou.
Jaz a lembrança desta semelhança de Deus cuja a raiz está plantada em meu jardim.
Como estou só diante deste túmulo.
Se te entregasse o meu sangue voltarias para mim?
Meu desejo é sublimado, preciso dos seu pêlos mais uma vez.
Posso experimentar vários corpos, vários amores, mas sem tê-lo aqui tudo é apenas experiência, sem verdades, um baixo amor.
Jaz o perfume e o suor deste Lord que um dia em seus braços me fez Rainha.
Oh! Terra maldita, por que toma para si o que estava em mim?
Por que devora o corpo do amado de minh'alma?
(Lágrimas e Murmúrios)
Jaz minha metade, meu fundamento.
Me desfaleço nesta dor.
Sou triste.
Sou pequena.
Sou viúva inconsolável do amor.
Sérgio Breneditt



Nota: A presença de um eu-lirico feminino e toda poesia contida neste texto/desabafo ainda não é capaz de descrever a dor de sua perda...Você não morreu para o mundo, você apenas quis morrer para mim e essa dor só eu, em silêncio, consigo entender. Descanse em Paz!

Um comentário:

Juliana Vanelis disse...

Oremos!!!!