sexta-feira, 25 de março de 2011

Efêmera


Seu tom terno e misterioso, não descrevem você...
Sua passividade e silêncio só me faz questionar a qualidade da sua existência...
O que você esconde atrás dessa armadura? O que te faz ter tanto medo do “diferente”?
Tenho dúvidas ao seu respeito, tenho receio dos seus sentimentos... De algum modo você me tocou, mas posso confiar na mutabilidade da sua personagem?
Em dias frios você congela e em dias quentes você ferve, mas falta sal, falta pimenta, falta tempero no seu sabor.
Por vezes quis entregar-me, doar-me a você, mas sempre anoitece, sempre enegrece a nossa alvorada, falta razão é que estando ao seu lado me sinto dominado por sua apatia, sinceramente sua apatia me gera asco, aversão, repulsa. Sinto me tomado por um desejo incontrolável de ver meu coração desacelerar numa viagem lenta aos braços da morte.
Escondes um mistério, disso eu sei, esse como nuvem densa te cobre e me cobre... Tem certeza que é a minha boca que você quer beijar? Tem certeza que o que desejas é o meu membro?
Acho que na escolha você se equivocou, seu time é diferente é outro é igual ao meu! Posso ir além? Queres que eu te salve? Queres romper com o seu mundo e sair do casulo borboleta? Queres a liberdade de se permitir?
Eu me permito a não te desejar, não desejar sua efemeridade, não desejar seu traços rústicos. Permito-me a te olhar de longe sem que exista toque, sem que haja contato, afinal o medo de cair é maior cair nesse lago de depressão e incertezas que você colocou sua morada.
Olhe para as estrelas veja como brilham diante dos homens. Elas sabem que são melhores que eles, elas tem função. Faça de sua vida um algo para iluminar, rompa com seu período de hibernação e resplandeça, regozije. Tenha um caminho, faça seu caminho para que, talvez, no futuro, você me alcance e possamos tomar um chopp juntos como dois brothers que não se vêem há muito tempo.

Sérgio Breneditt

segunda-feira, 14 de março de 2011

Uma Música

White Horse
Taylor Swift


Say you're sorry, that face of an angel
Comes out just when you need it to


As I paced back and forth all this time
Cause I honestly believed in you
Holding on the days drag on, stupid girl
I should've know, I should've know

I'm not a princess
This ain't a fairy tale
I'm not the one you'll sweep off her feet
Lead her up the stairwell

This ain't Hollywood
This is a small town
I was a dreamer
Before you went and let me down


Now it's too late for you
And your white horse
To come around
Maybe I was naive, got lost in your eyes
And never really had a chance


My mistake, I didn't know to be in love
You had to fight to have the upper hand


I had so many dreams about you and me
Happy endings, well now I know


I'm not a princess
This ain't a fairy tale
I'm not the one you'll sweep off her feet
Lead her up the stairwell

This ain't Hollywood
This is a small town
I was a dreamer
Before you went and let me down


Now it's too late for you
And your white horse
To come around

And there you are on your knees
Begging for forgiveness, begging for me

Just like I always wanted
But I'm so sorry


Cause I'm not your princess
This ain't a fairy tale
I'm gonna find someone someday
Who might actually treat me well

This is a big world
That was a small town
There in my rear view mirror
Disappearing now


And it's too late for you
And your white horse...
Now it's too late for you
And your white horse
To catch me now


Try and catch me now


It's too late to catch me now





segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Procuro um Amor


Não sei por onde começar a escrever este texto não quero pensar muito.
Quero fazer como fazem os amigos na hora de desabafar, onde não existe preocupação, apenas o falar, o desabafar em si e as lágrimas (se houver).
Esta noite meio que dia fiquei pensando na minha aparência, nas minhas vaidades e nos meus sonhos que terão ou não um futuro... Pensando nisto eu caí profundamente nesta questão da falta de amor... Não me refiro ao amor próprio este eu tenho (hoje mais ainda), mas aquele amor que procuramos no outro...
Todas as pessoas estão procurando um amor... Os adolescentes, os religiosos, os gays enrustidos que chamam o suposto ser amado de “melhor amigo” (isso serve para lésbicas também)... Enfim este amor.
Procuro um amor como Frejat descreve em sua canção “Que seja bom pra mim...” Algo do tipo ficar deitado na cama e assistir juntos a Ana Maria Braga por que ambos faltaram o trabalho para passar a segunda-feira juntos, tão juntos, a ponto de ir ao posto médico para pegar atestados e depois comprar sorvete napolitano Kibon para comer no almoço.
Sabe aquele amor “mais de uma hora no telefone”, das músicas de Roberto Carlos tipo “Pra Sempre” é deste amor que tenho anseio. É amizade colorida nos tons mais quentes possíveis. É misto de perfume de flor e brinquedinhos de sex shop (aqueles óleos, dadinhos, baralhos, chicotes e...).
Volto a olhar para mim... E me vejo cair mais uma vez nas mesmas questões de tantos outros textos que já escrevi. No entanto, não quero tais questões e sim respostas algo forte como na letra da Pitty “Que você me adora que me acha foda.” Sim algo neste nível “fodastíco” (pro espaço norma culta), quero um amor coloquial, vulgar, chulo até, mas com a capacidade de me transformar em príncipe.
Príncipe de um apê quarto e sala ou de uma quitinete, príncipe de uma casa de alvenaria... Príncipe “na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê” príncipe sim, por que não?
A bíblia diz que Deus não habita onde existe dúvida. Tudo bem entendi, mas se eu tenho tantas... --- Eí Deus vamos conversar ok?! De repente, caio na cilada daquele passado que me deixou, porém existe algo que eu nunca disse sobre isso, isso sim está distante de mim, o azar do passado é que já não terá meu amor no futuro, afinal eu sou amor...
Amor procurando outro amor... Não importa cor, religião, (ultimamente nem sexo, rsrs). O que importa é que venha para dentro de mim de onde vier, que traga luz, que traga flor, que traga água fresca para apagar o fogo da minha alma. Pode ser de longe, pode ser de perto, pode ser do céu, sim pode ser alienígena... (gargalhadas).
Será que o problema é a aparência? Estou passando por alguns probleminhas que me deixa um pouco apreensivo, mas sempre solto a perola “Tem pra todo gosto” e isso é verdade (volto ao ponto) onde está quem é do meu gosto? Rsrs Você aí conhece alguém para mim? Uma amiga ficou de me apresentar uma menina depois do carnaval, estou ansioso vai que rola?
É melhor terminar, odeio quando meu texto fica cheio de interrogação e nenhuma resposta. Agora quero realmente desabafar estou  procurando um amor, anseio por isto, mas não condiciono e não vou condicionar a minha vida ao que ainda não tenho, hoje tenho a mim, amanhã já será eu e meu amor e depois... “deixa acontecer naturalmente...” Afinal ninguém quer chorar antecipado!


Com Amor


Sérgio

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A iniciação de Lord Barros

Existem mulheres transgressoras,

Existem mulheres devoradoras,

Existem mulheres fatais...

No entanto, uma única mulher conseguiu possuir todas estas marcas e somou tudo ao seu apetite voraz.
Ela aliciou um jovem rapaz.

Este, inocente, foi dominado pela experiência desta femme que em seus braços o transformou em um homem.

Esta mulher o vampirizou, arrebatou e deu-lhe títulos.

Esta mulher o chamou de seu, o dominou e ele, ele se apaixonou...

Por ela, ele caminhou, por ela se dedicou e quando todos pensaram que ela iria abandoná-lo...
Ela, a Literatura, simplesmente se revelou, se entregou e hoje sabemos...
Ela o amou.



Sérgio Breneditt 


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Poesia Felicidade


"Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios,
Incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
E se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
Mas ser capaz de encontrar um oásis
No recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica,
Mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou
Construir um castelo ..."

Fernando Pessoa

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Uma história II


Na busca constante por Ele, o Outro seguiu um caminho Estranho.
O Outro e o Estranho foram apresentados pelo Novo, sim o mesmo que seduziu Ele.
O Estranho com seu papo cativou o Outro, afinal o Outro estava triste, angustiado e solitário. O querer por Ele ainda era intenso, a ferida continuava aberta.
Juntos, o Estranho e o Outro seguiam pelas veredas inconstantes, fraquejantes e vacilantes. Nos braços do Estranho o Outro se lançou conhecendo assim o melhor amigo do Novo, o Desejo.
A história é simples e mais uma vez se resume no que já contei na busca constante por Ele, o Outro se entregou ao Desejo, ao Estranho e ao Novo... Ele, Ele nunca soube de nada, afinal já havia deixado o que considerava velho.

Sérgio Breneditt


(Quem não conhece o inicio da história clique no link: http://migre.me/3NNNR)

Obs.:Não quebrei uma promessa, apenas dei destino a um dos meus textos perdidos. Espero que gostem.=)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A César


Este fim de semana foi muito importante para mim. Já faz alguns anos que criei esse blog e nunca, de verdade, me preocupei com o meu possível leitor, sempre escrevi pensando em apenas um leitor potencial que hoje sei que não passa muito por aqui.
Enfim... De alguns meses para cá comecei a olhar meu blog com mais carinho. Minha inspiração veio de um novo amigo, um rapaz capaz de escrever o que sente de um modo tão delicado que ao ler tenho a sensação de está ouvindo sua voz, tenho a sensação de ouvi-lo respirar. Esse é Júlio César Vanelis.
Júlio é o irmão da minha Grande Amiga Ju, Ju que sempre esteve do meu lado em tantas histórias da faculdade,... Te Amo Ju (saudades, vê se me liga. Ok?).
Eu tive o prazer de conhecer o Júlio quando fui me arrumar, junto com uma galera, na casa dele para festa a fantasia da faculdade (longa está historia da festa e não cabe aqui).
Eu falando como se tivesse bebido água de vitrola e Júlio super na dele nos ouvindo, adorei tudo, detalhe comi um pão com calabresa MARAVILHOSO (podem morrer de inveja eu deixo, rs. Quando vai ter outro?) De verdade, eu já conhecia o
http://semcortesesemedicao.blogspot.com/ , mas confesso fiquei muito feliz em conhecer o autor deste, detalhe o cara escreve muito bem #FATO
Minha felicidade do fim de semana foi que o Júlio me deu um super presente que foi o primeiro selo do meu blog. O que parece tão simples para alguns, para mim foi estimulante. Como eu havia dito o blog foi feito para um único leitor, mas vejo que isso mudou o povo está lendo, mudei o layout, coloquei mais aplicativos e estou adorando tudo isso.
De coração, preciso agradecer... Júlio, assim como sua irmã, já você tem espaço em meu coração e saiba que pode contar sempre comigo. Obrigado por me ler, por me recomendar, pelo selo, por ser tão sincero em seus textos, por ser meu amigo mesmo que longe. Serei sempre GRATO.
Aos leitores e possíveis leitores é importante saber que esse blog , cheio de linhas, de erros e de sentimentos antes era um templo de saudosismo para uma relação mal acabada só que agora será um espaço de verdades, MINHAS VERDADES.
Fiquem a vontade!
Tenho selo de qualidade, tenho vontade de escrever e o melhor tenho CORAGEM e muito culhão para dar minha opinião... Quem não gostar, não me entender entre nesse link e aprenda alguma coisa de si http://migre.me/3KmsC por que Um pouco +d Mim está aqui.
Abração
Sérgio Breneditt
Ah... Não posso esquecer!!!
O selo possui regras por isso eis-me aqui cumprindo:

1
. Repassar o selo a 15 blogs (vou ficar devendo essa regra conheço pouquíssimos blog e os que conheço já tem)
2. Responder as perguntas (sempre, adoro. Me lembrei do velho caderno de perguntas da infância onde todos mentiam pra caramba rs)
Nome: Sérgio Breneditt
Uma música: Take a Bow – Madonna (ela está velhinha, mas dá bom caldo. Jesus q Luz!)
Humor: Bipolar total com periodos de instabilidade.
Uma cor: Preto (amo preto com preto, combina tanto)
Uma estação: Inverno (sempre)

Como prefere viajar: De carro porque não agüento mais andar de Marcopolo 45 lugares. #FATO
Um seriado: FRIENDS (Ilove Phobe Buffay) e Sex and City (adoraria ter um affair com a Sarah Jessica Parket)
Frase e/ou palavra mais dita por você: “Hum, não vai rolar”
O que achou do selo: Um incentivo, um símbolo de aceitação. Um HONRA , de verdade eu AMEI =)
Quer mais? Tome um pouco +d Mim!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Ao Encantado


A história não começa em uma floresta, mas tinha um cenário real. Era acolhedor, bucólico e singelo...
No caminho não tinha anões, nem casa construída com doces. No entanto, neste tinha a doçura de um chocolate e o companheirismo comum a amigos que sempre estão juntos.
Não tinha fada-madrinha, nem bruxa, nem ao menos maçã. Não tinha castelo, nem rei, nem princesa adormecida. O lobo mal também não faz parte desta história...
Você também não vai encontrar aqui ratinhos costureiros... Nesta existiu apenas dois personagens: o plebeu e o encantado.
Era para ser uma história de amor, um amor com uma tendência homoerótica bem transgressora, mas não foi assim que aconteceu... Por acaso eles se encontraram, foi por caso que viveram em cumplicidade e por caso se amaram.
Não teve planos, os caminhos, o destino, as mãos de Deus quem os guiou pela estrada que seguem as pessoas apaixonadas...
O Plebeu era a intensidade, o desbravador, era o cara que sonhava vencer. O Plebeu era misto de força e ingenuidade alguém que matava gigantes durante o dia e a noite chorava contemplando o mar.
Por sua vez, o Encantado era mágico, ilusionista, perspicaz... Um lord possuidor de tudo que encostava a mão. Seu rosto sereno e maduro inspirava a confiança de chegar a algum lugar. Ao lado do Encantado, ninguém estaria perdido e foi assim que o Plebeu se sentiu...
Os dois se completavam. Plebeu tinha a família e o amor, já o Encantado tinha a noite, a liberdade do ar em percorrer todos os espaços. Juntos eram invencíveis... Juntos eram completos... Juntos eram como misturar a chuva e o sol... Juntos eram arco-íris.
No entanto, depois de longos anos vivendo no anonimato dos afetos escondidos, o Plebeu pediu para ouvir a palavra amor... Por medo, o Encantado o deixou... Na solidão o deixou, não teve desculpas foi um simples adeus, uma carta que falava de uma herança de diamantes e mais solidão.
Hoje, Plebeu, não sabe nada sobre o Encantado... Segue vivendo sua vida, faz faculdade, trabalha e busca encontrar se não o arco-íris pelo menos um pote de ouro.
A história não acaba com um final feliz, não era um conto de fadas era apenas mais um conto... Não termina com a máxima “E foram felizes para sempre.”
O que sei e posso deixar registrado aqui é que o Plebeu ainda ama e mesmo negando espera a volta... A volta do Encantado.


Sérgio Breneditt


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um Conto quase Erótico


"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida.

O artigo, era bem definido, feminino, singular. Era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrario dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo ate gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.De repente, o elevador para, só com os dois lá dentro. Ótimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos.

Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e para exatamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposto. Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.

Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era virgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. E claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona as vontades dele e foram para o comum de dois géneros. Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais. Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objeto, tomava a iniciativa.

Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forcando aquele hífen ainda singular. Nisto a porta abriu-se repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjetivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na histoória. Os dois olharam-se e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício

Que loucura, meu Deus. Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objetos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que, as condições eram estas. Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na historia. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel a língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

Desconhecido

(Li este conto no blog Coisas de Lily e adorei)