quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eu?


Já chega da historinha de fim de túnel, de diamante, de verdades e mentiras...Estou farto da indiferença humana, sim, a indiferença que não é nutrida pelos seres ditos irracionais, apenas as pessoas conscientes podem nutrir tal atitude infeliz.
Procurei explicações nas filosofias, nas canções, nos bares, na religião e até no sexo o porquê que uma única pessoa pode resumir sua existência, seus sonhos, seus mais puros sentimentos a um verme que morava dentro do intestino de um pombo, pombo este que por mera tolice, deveriam existir uns sessenta iguais a ele no mesmo local, foi atropelado pela bicicleta de um pedreiro no centro de uma cidade de apenas dois habitantes.
Como uma pessoa tão humana, eu acho, quanto eu pode me colocar em um lugar tão medíocre, pequeno e úmido?
Basta das teorias devo começar agora a prática... Eu sou um babaca, que como milhões de outros babacas por aí, entregou o coração a alguém sem coração, sou um pobre diabo que procura recolher seus cacos.
Sou uma prostituta. Não, não posso ser prostituta, afinal estas buscam com o corpo o seu sustento e eu nunca busquei por isso.
Eu sou vadio, vagabundo, libidinoso, despudorado, funcionário dos meus instintos. Eu sou o pecado, a luxúria no olhar, a boca pronta a obter fluídos, sou a mão quente que alisa e aperta... Sou a falsa inocência, o engano, sou o seu mal por isso me deixou...?
Volte delicia a experiência que eu precisava já fui buscar e ninguém nunca vai saber de nós.
Deus é um Senhor bom e prefere ficar longe de mim...
O que você quer?
Ódio, eu tenho.
Gula, eu tenho.
Inveja, eu tenho.
Mentira, eu tenho.
Presunção, eu tenho.
A única coisa que vou ficar devendo, Nem, é o amor este você me roubou lembra?
As lágrimas também estão com você assim como as noites de sono que também foram levadas por você.
Eu sou o resto do que fui, fragmentos de um ser, múmia buscando ressurreição, alma querendo deixar de penar, doença buscando cura...
Eu sou o novo. Eu sou assim sem...
O que mesmo que eu perdi? Você.
Não, eu me perdi de mim.


Sérgio Breneditt


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