quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Procura da "Pegada" Perfeita


Acho que minha hora chegou...

Não à hora da morte, mas à hora de amar.

Em conversar com amigos na faculdade eu soltei a pérola acima, pérola esta que dá título a este derramamento emocional...

Coloquei uma canção de amor um tanto quanto triste e transformei este meu singelo quarto em templo para meditação.

É impossível não me perguntar o que estou procurando de verdade?

Nos assuntos do coração sempre fui perito, sempre tive respostas para ajudar os outros e soluções rápidas para qualquer problema relacionado ao amor.

No entanto, algo tocou em mim depois de pronunciar tal sentença...

Estaria eu me condenando a procurar para sempre?

Quando será que alguém vai me encontrar?

O que é a “pegada” perfeita?

Seria esta o misto de desejo e paixão?

Seria apenas a carne clamando por outra carne?

Volto a perguntar:

O que estou procurando?

Em meus caminhos o Amor nunca existiu, este nunca se materializou e me tocou, nunca existiu alguém a me esperar, um abraço para quando eu chegar ou um beijo para me despertar. No meu caminho não teve bombons, nem flores, nem luz do luar... Não teve praia, não teve sol, não teve um colo para me ninar.

Na verdade nunca achei que seria um problema não ter a companhia do amor, afinal nem todos nasceram para lâmpadas alguém precisa ser o poste e segurar a luz que iluminaram os outros...

Nestes tempos, depois de desertos, alguns olhos encontram os meus olhos, mas nenhum deste falou a mágica palavra amor. A palavra que trará ar fresco ao verão intenso do meu coração...

Ah! Esse verão de 40º graus que me consome inteiro, me consome as forças... Deixando-me fraco e sedento...

Quero cair, mas em braços fortes, quero dormir, mas sentindo um corpo encostando o meu, quero não só beber, mas me banhar na fonte inesgotável do prazer... Quero ser frágil a um olhar e forte se este olhar de mim precisar.

Quero o outono, a temperatura amena onde as folhas caem no chão e o entardecer frio é propício ao aconchego de respirar na nuca.

Quero arrebol. Quero cheiro da terra depois da chuva. Quero esquecer à hora, esquecer os textos, esquecer tudo e fazer de um momento o melhor de todos. Quero usar os termos mais antiquados para definir quem veio definir minha vida, chamar de Tesouro, Bebê, Carinho, Coração, Paixão, Mozinho, Mozão... E enfim dedicar à pureza que há em mim a quem me prometa amor até o fim.

Não quero a “pegada” se esta não tiver algo mais, porém eu quero este algo mais mesmo sem a tal “pegada”...

Estou pronto e quero alguém para dizer EU TE AMO, quero alguém para chamar de meu amor, alguém para me chamar de amor.

Que a procura tenha fim e que perfeita seja apenas a estrada que conduzirá o Amor e Eu.



Sérgio Breneditt



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